No espaço de um ano, a indústria da construção conseguiu atrair mais de 26 mil novos trabalhadores. O setor emprega agora quase 325 mil pessoas, o valor mais alto da última década.

Esta alteração fez-se muito à custa da reconversão de trabalhadores de outros setores de atividade e pelo recurso à mão-de-obra estrangeira.

Ainda assim continua por resolver o problema de escassez de mão-de-obra sentida pelas empresas. Continuam a faltar 80 mil trabalhadores para às necessidades que se avizinham para os próximos anos, e, este é um dos principais obstáculos à construção.

A indústria da construção e imobiliário fechou o exercício de 2022 a registar um crescimento de 3,4% do valor bruto da construção, que totalizou cerca de 19148 milhões de euros.

Além da mão-de-obra, os preços da energia e dos materiais de construção assinalados como as principais dificuldades do setor.

Entretanto, a  Michael Page divulgou as principais tendências para o mercado de trabalho para 2023. A consultora de recursos humanos destacou no estudo anual o aumento da digitalização dos negócios, a mobilidade, os novos métodos de trabalho, as novas funções e a procura por talentos, como características transversais a todas as atividades.

De acordo com a Michael Page, o impulso da construção sustentável trará consigo a implementação de grandes inovações focadas na eficiência energética: o aumento de produtos e soluções para a eficiência energética, uma nova geração de sistemas fotovoltaicos ou o estabelecimento da construção industrializada. A ascensão de curvas ou decoração com uma mistura de tons quentes e frios, são outras tendências que prometem marcar 2023.